Brachiaria Marandu

Capim-Marandu é uma cultivar de Brachiaria brizantha proveniente do Zimbábue (África). Lançada no Brasil em 1984, pela Embrapa Gado de Corte e Embrapa Cerrado. Gramínea de ciclo vegetativo perene, com hábito de crescimento cespitoso, folhas pouco pilosas da face ventral e glabras na face dorsal, bainha pilosas, inflorescências com até 40 cm de comprimento, com quatro a seis rácemos, obtendo o tamanho de touceiras em torno de 1,0 a 1,50 m de altura.

Adaptação

Adapta-se muito bem a solos de média a alta fertilidade e requer uma precipitação anual em torno de 700 mm.

Apresenta sistema radicular bem profundo e vigoroso, o que reflete em boa tolerância à seca. Possui também, boa resistência ao frio, ao sombreamento e à cigarrinha das pastagens pertencentes aos gêneros NotozuliaDeois e Aeneolamia. Com exceção da região Norte do Brasil, este capim se constitui na melhor alternativa de gramínea forrageira resistente às cigarrinhas. Não tolera encharcamento e nem alagamento.

Adequa-se bem aos sistemas de manejo contínuo e rotacionado, podendo apresentar elevadas produção desde que manejada corretamente. Também apresenta características que as qualifica para o uso na ensilagem, diferimento, sistema silvipastoris e integração lavoura-pecuária (ILP).

1) A lanço: no período normal, compreendido entre os meses de outubro a janeiro, deve-se usar 500 a 550 pontos de VC/ha. A partir daí, aumentar para 600 pontos de VC/ha.

2) Em linha: para o período normal, 300 pontos de VC/ha são suficientes. A partir daí, aumentar para 350 pontos vc/ha. No caso de consorciação com leguminosas, pode-se reduzir em torno de 20% a quantidade de sementes para ajudar o estabelecimento destas.

Incorporar as sementes em torno de 2,0 a 4,0 cm com grade niveladora fechada. Assim como para as demais espécies, os melhores resultados são obtidos, passando-se rolo compactador após incorporação da semente ao solo.

Produção variando de 8 a 20 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 11% de proteína bruta na matéria seca. Apresenta alta palatabilidade e cerca de 60% de digestibilidade in vitro.

O tempo de formação gira em torno de 90 a 120 dias após germinação e o primeiro pastoreio deve ser feito aos de 90 dias com gado leve (boi magro, garrotes). Nas áreas sob pastejo rotacionado a alturas de entrada de 25 cm (altura pré-pastejo) e altura de saída de até 10-15 cm (altura pós-pastejo). O primeiro pastoreio com gado leve é uma condição essencial para a boa formação das pastagens, pois é através dessa prática que se estimula a produção de perfilhos reprodutivos laterais e reduz-se a competição entre plantas, principalmente por luz.