Panicum Tamani

A primeira cultivar híbrida lançada pela Embrapa resultado do cruzamento realizado pela Embrapa Gado de Corte a partir de 1992. 

Altura de entrada e saída para pastejo:

Entrada: 55 cm
Saída: 25 cm 

Adaptação

A BRS Tamani é uma opção para solos bem drenados, para diversificação de pastagens do bioma Cerrado. Apresenta baixa tolerância ao encharcamento do solo e, portanto, não é indicada para áreas sujeitas a alagamentos mesmo que temporários. Em condições de baixas temperaturas, apresenta maior persistência que as cvs. Massai e Tanzânia e semelhante à cv. Mombaça.

BRS Tamani mostrou-se resistente às ninfas das cigarrinhas-das-pastagens Notozulia entrerianaDeois flavopictaMahanarva fimbriolata sp.em nível comparável aos verificados nas cultivares resistentes Tanzânia e Massai, e moderadamente resistente aos danos causados pelas cigarrinhas adultas em nível comparável à cultivar Tanzânia.

Quanto às doenças, a BRS Tamani apresentou resistência intermediária às manchas das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis, semelhante à cv. Mombaça.

Pastejo rotacionado, que possibilita melhor controle do pasto e facilidade de manejo. Sendo utilizado também no empego para produção de ensilagem, devido sua abundância de folhas e perfilhos.

No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 450 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma.

A semeadura deve ser feita na profundidade de 2,5 a 5,0 cm, incorporando-se as sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada.

Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes.

A cultivar BRS Tamani atingiu a produção de 15 ton/ha/ano de matéria seca foliar e composição 9 a 12% de proteína bruta na matéria seca.

A BRS Tamani é uma gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialmente sob pastejo rotacionado, não permitindo altura de resíduo menor que 20-25 cm. As recomendações de manejo são parecidas com as da cultivar Massai, ou seja, sugerem-se períodos de descanso iguais ou menores que 28 dias no período das águas desde que os níveis de fertilidade do solo estejam adequados.