A cultivar BRS Zuri é resultado de uma seleção massal em populações derivadas de Panicum maximum coletadas na Tanzânia, no leste da África.
A cultivar BRS Zuri apresenta resposta à calagem e adubação similar a outras cultivares de Panicum maximum, tais como Tanzânia-1 e Mombaça, sendo recomendada para solos de média a alta fertilidade. As doses de nutrientes devem ser baseadas na análise química do solo e com apoio de técnico capacitado para tal.
A BRS Zuri mostrou-se resistente (por antibiose) às cigarrinhas-das-pastagens Notozulia entreriana, Deois flavopicta e Mahanarva fimbriolata, por determinar baixos níveis de sobrevivência ninfal em condições controladas. Quanto ao mecanismo de resistência (avaliado por danos), a BRS Zuri revelou-se moderadamente resistente.
Quanto às doenças, a BRS Zuri apresentou alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis. A cultivar mostrou resistência mediana à cárie-do-sino, causada por Tilletia ayresii, o que pode comprometer a produção de sementes em condições ambientais favoráveis à doença. Assim como as outras cultivares da espécie, a BRS Zuri é suscetível ao nematoíde das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus), sendo considerada hospedeira.
É indicada para pastejo contínuo, rotacinado, integração lavoura e pecuaria silagem e fenação.
No período normal de plantio paras as operações realizadas a lanço recomenda-se de 350 a 400 pontos de VC/ha. A partir de fevereiro deve-se aumentar para 450 pontos de VC/ha. No caso de mistura com outras espécies, fazer uma proporção em torno 50% de cada uma.
A semeadura deve ser feita na profundidade de 3,0 a 5,0 cm, incorporando-se as sementes com grade níveladora ou com semeadora regulda para a profundidade recomendada.
Melhores resultados são obtidos, passando-se rolo após a incorporação, pois se aumenta o contato das mesmas com o solo, o que acelera o processo de intumescimento e germinação das sementes.
Produção em média de 22 toneladas de matéria seca/ha/ano com 12 a 14% de proteína bruta na matéria seca.
A BRS Zuri é uma gramínea cespitosa, que deve ser manejada preferencialemnte sob pastejo rotacionado. Recomenda-se que o pasto seja manejado com altura de entrada de 70-75 cm e altura de saída de 30-35 cm. Este manejo promoveu bom controle do desenvolvimento de colmos e florescimento na Amazônia, assegurando a manutenção da estrutura do pasto e bons níveis de produção animal.