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Brachiaria Xaraés

A cultivar Xaraés é uma Brachiaria brizantha coletada no Burundi, África, e liberada pela Embrapa em 2003. Gramínea de ciclo vegetativo perene, cespitosa, de 1,5 m de altura, folha lanceolada e longa, com poucos pêlos, e de coloração verde-escura.

  • Adaptação:

Recomendada para solos de média a alta fertilidade, requer precipitação anual acima de 800 mm, sendo mais produtiva, porém, em precipitações anuais mais elevadas (1200 mm/ano). Difere das demais cultivares de B. brizantha, principalmente, por apresentar maior capacidade de rebrota e melhor relação folha/caule, o que reflete em melhor desempenho animal.

  • Resistência:

Apresenta sistema radicular bem profundo e vigoroso, o que faz com ela seja considerada a B. brizantha de maior tolerância à seca. Possui também, boa resistência ao frio e ao sombreamento. É susceptível à cigarrinha das pastagens e tolera encharcamentos médios de solo. Vale lembrar, no entanto, que essa gramínea não tolera alagamento de solo.

  • Indicação:

É indicada para pastoreio direto, fenação e rolão. Consorcia-se muitíssimo bem com estilosantes Campo Grande, calopogônio e guandu.

  • Taxa de semeadura da semente convencional:

1) A lanço: no período normal (outubro a janeiro), usar 500 a 550 pontos de VC/ha. Em outros períodos, aumentar a taxa de semeadura para 600 pontos de VC/ha.

2) Em linha: no período normal, usar 350 pontos de VC/ha. A partir de então, aumentar para 400. No caso de consorciação com leguminosas, pode-se reduzir em torno de 20% a quantidade de sementes para ajudar o estabelecimento das leguminosas.

  • Profundidade de plantio:

Mesma indicação da B. brizantha (Marandu) e B. decumbens. Apresenta maior velocidade de estabelecimento que as demais cultivares de B. brizantha por possuir maiores reservas nutricionais nas sementes.

  • Produção:

Produção variando de 20 a 30 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 12% de proteína bruta na matéria seca, com 60% de digestibilidade in vitro.

  • Manejo:

O tempo de formação gira em torno de 90 a 120 dias após germinação e o primeiro pastoreio deve ser feito aos de 90 dias com gado leve (boi magro, garrotes). Nas áreas sob pastejo rotacionado a alturas de entrada de 30-35 cm (altura pré – pastejo) e altura de saída de até 15-20 cm (altura pós-pastejo). O primeiro pastoreio com gado leve é uma condição essencial para a boa formação das pastagens, pois é através dessa prática que se estimula a produção de perfilhos reprodutivos laterais e reduz-se a competição entre plantas, principalmente por luz.